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sábado, 30 de outubro de 2010

Júlia

Me dava arrepios só de ver aquela mulher recém-formada ter tanta segurança na própria existência. Roía as unhas de uma mão, tamborilava os dedos da outra na perna e batia o pé no chão. Apesar de tudo isso, eu percebia toda a sua altivez. Aquele era seu jeito normal de disfarçar o tempo que passava e essa poderosa tranquilidade era o que mais me amedrontava.
Ali, sentada no banco da praça, talvez esperando um ônibus, exibia seu pouco interesse sem nenhuma vergonha. E o que me revolta é que ela está totalmente certa e eu, errado.
Você me perguntaria: "qual o seu problema, afinal?" Eu respondo: isso me irrita sem que eu saiba exatamente por que.




Acho que esqueci de dizer. Às vezes, meu 'eu lírico' vira homem.

Carpe diem

1 Pitacos:

Alana Ávila disse...

eu lirico virando homem acontece sempre
:}

gostei da julia.
*-*